Uma quase dupla - Estreia

Tatá Werneck e Cauã Reymond: parceiros perfeitos

Uma trama policial com ingredientes de comédia romântica. Fórmula quase sempre infalível para uma boa diversão nos cinemas. E "Uma quase dupla", de Marcos Baldini, atinge o objetivo. Na trama, Tatá Werneck e Cauã Reymond vivem Keyla e Claudio. Ela, uma policial da capital, vai unir forças ao colega da pacata Joinlândia na investigação de uma série de assassinatos.
Muitos são os suspeitos e os métodos de investigação de Keyla, incluindo lamber a cena do crime e os cadáveres, contrariam as regras da cidade. Claudio é certinho e simplório, mas nem por isso medroso, ou, só um pouquinho.
Há o clima nostálgico das séries de TV com duplas de detetives dos anos 70 e 80. Quem já passou dos 40 vai encontrar uma pitada de "Starsky & Hutch - Justiça em dobro", "Miami Vice", mas principalmente "A Gata e o Rato", deliciosa comédia romântica de detetives protagonizada por dois ícones: Bruce Willis (Duro de Matar) e Cybill Shepherd (musa do diretor Peter Bogdanovich e estrela de Taxi Driver, de Scorsese). Em "Uma quase dupla", o bate-papo dentro do carro e a tensão sexual entre os personagens remete a série americana. 
Apesar do roteiro não ser tão engenhoso na solução do caso, as boas piadas acertam o alvo. Tatá diverte como habitual com seu personagem único (que leva para todos os filmes), mas nesse há uma atriz querendo despertar com técnica. E Cauã está em grande momento. O forte e frágil Claudio é a contradição do macho. Reymond acerta em todos os pontos mostrando versatilidade em perfeita composição e química com a parceira de cena.


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