Sem Fôlego - Crítica


Uma trama de fuga lírica de duas crianças em épocas distintas, dirigida por Todd Haynes, com roteiro de Brian Selznick, também autor do livro, “Sem Fôlego” (Wonderstruck) é uma viagem esteticamente bem construída em refinadas reconstituições de duas épocas do século XX. 
Em 1927, Rose (Millicent Simmonds, deficiente auditiva na vida real), é surda de nascença, que vive com o pai tirano em uma mansão, em Nova Jersey. Ela é grande admiradora da estrela do cinema mudo Lillian Mayhew (Julianne Moore). A menina foge da mansão e vai procurar Lillian que está em cartaz numa peça em Nova York. 
Nos anos 70, Ben (Oakes Fegley), vive no Minnesota e acaba de perder a mãe (Michele Williams) e fica surdo após um acidente. Ele vai para Nova York em busca do pai desconhecido. 
A trama dos dois terá uma conexão decisiva no Museu de História Natural. Para embalar essa viagem no tempo, num espaço que remete ao tempo e à existência, “Space Oddity”, de David Bowie e a versão jazzística de “Also Sprach Zarathustra”, do brasileiro Eumir Deodato dão o tom junto com a trilha sonora de Carter Burwell, parceiro de Haynes, em “Carol”.
Apesar de um desequilíbrio no segmento do museu, “Sem Fôlego” se ajusta em conclusão correta e digna dos trabalhos mais consagrados de Todd Haynes como “Carol”, “Não Estou Lá” e “Velvet Goldmine”. 



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