Rey e Kylo: conexão poderosa de Star Wars - Os Últimos Jedi

Pensando mais de 50 dias depois do lançamento, cada dia fico mais fascinada pela melhor e mais consistente trama de “Star Wars - Os Últimos Jedi” que reúne três personagens. O conflito de Kylo Ren (Adam Driver) em querer ser o mais poderoso usuário da Força e ao mesmo tempo a vingança contra Luke; Rey (Daisy Ridley) tentando encontrar seu papel nesse mundo entre conquistar a confiança de Luke e entender o que é Kylo e o que ela própria é (magnífica cena do espelho); e Luke (Mark Hamill) tentando fugir do destino dele que é treinar a menina para ser Jedi e o inevitável confronto final com Kylo. Creio que o filme só precisava disso para ser a obra valiosa que é. 

Os pontos de respiro têm momentos bem realizados com a trama da Resistência de Leia, Poe e Holdo. A trama Finn e Rose está abaixo dessas e só bastava uma enxugada, mas não me incomoda. O segmento tem o potencial da crítica social na galáxia em contraponto com o mundo alienado no cassino, mas poderia ser uma mensagem mais direta, sem tantas firulas que o diretor Rian Johnson insiste em colocar, mesmo assim tem méritos.

Creio que o filme IX deve e precisa ser aquilo que realmente importa: o conflito final de Rey e Kylo com suas áreas cinzentas que são riquíssimas de conteúdo e carisma por parte de uma dupla de atores muito talentosa.