Mulher Maravilha 1984 - Temática do desejo
“Ôba-bá, Ôla, Ôba-bá
É a mãe do ouro
que vem me salvar”
O samba-enredo da Mangueira (1976) na voz do grande Jamelão, ilustra esse figurino momesmo e épico de Mulher Maravilha 1984.
Quando tudo parecia ter chegado a um limite, Patty Jenkins, dá um duplo twist carpado, numa parceria magnífica com Gal Gadot, e cria algo muito corajoso. Há lá elementos aventureiros profanos, cinema clássico, mas há principalmente um conceito. O DESEJO.
Se Todd Phillips faz um estudo de personagem certeiro na construção do Coringa, outro personagem da DC Comics avança num outro estudo universal e particular. Além de Diana, e seu desejo mais íntimo, outros personagens e a humanidade acompanham.
Um destaque. Patty e Gal produzem o filme também, mas permitem o brilho coletivo. Kristen Wig tem ótimos momentos, assim como Chris Pine. Mas é o chileno Pedro Pascal a entrar para o panteão das grandes atuações de vilania da DC e do cinema junto com Gene Hackman em Superman e Heath Ledger e Joaquin Phoenix e seus Coringas.
O Maxwell Lord, de Pedro, é assustador e comovente. Atuação merecedora de uma indicação ao Oscar.
Gal também atua em alto nível.
A trama nos anos 1980, ainda na Guerra Fria, serve de reflexão aos nossos tempos e seus muros e ambições. Talvez um dos filmes que fala mais perto da lamentável era Trump.
Espero ver mais Themyscera no cinema. Só aquele início já vale o filme. Viva as amazonas! E viva Lynda Carter!
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