Despertando com Bergman

Cenas de um casamento, com Liv Ullmann e Erland Josephson

Descobri Ingmar Bergman há dois anos. Eu ouvia falar da genialidade do cineasta e dramaturgo, mas nunca vi um filme dele. Uma perfeita ignorante. Conversando sobre cinema com um amigo, despertei para a necessidade de conhecer a obra do mestre sueco. Comecei pelo filme que talvez seja o mais importante trabalho dele. "O Sétimo Selo", com Max Von Sydow. Um encontro entre a morte e um cavaleiro voltando derrotado das Cruzadas. A morte personificada por um homem de preto, convida o cavaleiro a jogar xadrez. Depois vi "A Fonte e a Donzela" e "Gritos e Sussurros". Um prazer e uma inquietação. Aquela impressão de ainda não alcançar tudo que Bergman quer dizer, mas sem dúvida um convite e pensar e ir além do óbvio. Hoje vi "Cenas de um Casamento", de 1973, com a grande Liv Ullmann e Erland Josephson. Uma obra cativante, além da alma. Vou em busca de outras obras dele e da minha viagem pessoal.

Com diálogos transformadores, deixo a frase do personagem Johan. Obrigada Bergman.

“Nós somos analfabetos emocionais. Aprendemos anatomia e métodos de cultivo na África. Sabemos fórmulas matemáticas de cor de salteado. Mas nunca nos ensinaram nada sobre nossas almas. Somos extremamente ignorantes sobre o que move as pessoas.”